Em outubro, a venda de cimento no país recuou 2,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 5,3 milhões de toneladas, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). O despacho por dia útil no mês passado foi de 228,6 mil toneladas, volume 4,2% inferior ao registrado há um ano.
No acumulado de 10 meses, foram comercializadas 52,1 milhões de toneladas do material, recuo de 2,1% ante o mesmo período de 2022. Já a venda acumulada em 12 meses, no mercado interno, caiu 2% em relação ao intervalo anterior, para 61,7 milhões de toneladas de cimento.
Paulo Camillo Penna, presidente do sindicato, afirma em nota que a demanda pelo material está “intimamente ligada à massa salarial e renda”, que depende dos indicadores macroeconômicos. “O salário não se recuperou na mesma velocidade que os postos de trabalho, afetando diretamente o setor de construção. Além disso, a taxa de juros, que permanece alta, estabeleceu uma grande competição entre os ativos imobiliários e financeiros”, diz.
O Snic elenca o Marco Legal das Garantias como perspectiva positiva para o setor, já que a iniciativa pode estimular o crédito imobiliário e ajudar a reduzir a taxa de juros para a casa própria. O sindicato também vê com bons olhos o fato de o STF ter autorizado bancos e instituições financeiras a retomarem imóveis de inadimplentes sem precisar acionar o judiciário.
A projeção mais recente do sindicato para o fechamento do ano é de queda de 1% na comercialização de cimento.
Fonte: Valor Econômico