Utilização da capacidade operacional na construção atinge 70% em outubro de 2024

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Em outubro de 2024, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção teve um aumento de três pontos percentuais, atingindo 70%, o maior nível registrado para o mês desde 2013. Esse resultado, conforme divulgado pela Sondagem Indústria da Construção, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), reflete o desempenho positivo do setor.

A pesquisa apontou que a UCO de outubro ficou seis pontos percentuais acima da média histórica para o mês, que é de 64%. O levantamento também mostrou que todos os segmentos da construção registraram uma utilização da capacidade superior ao habitual para o período.

Especificamente, na construção de edifícios, o indicador alcançou 64%, superando a média histórica de 61%. Nas obras de infraestrutura, a UCO ficou em 68%, enquanto a média histórica é de 62%. Já nos serviços especializados para a construção, o índice chegou a 71%, contra uma média histórica de 66%.

“O setor está vivendo um momento importante, com crescimento significativo nas contratações e na compra de materiais ligados à construção, sobretudo com relação à construção de edifícios, que ganhou impulso com as mudanças realizadas no programa Minha Casa, Minha Vida, que acontecem desde o fim do ano passado”, explicou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em nota divulgada à imprensa.

O aumento na Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da construção civil pode ter implicações significativas nos preços de produtos e serviços do setor. Com a maior demanda por mão de obra, materiais e equipamentos, as empresas podem enfrentar pressões para aumentar os preços, especialmente se a capacidade produtiva continuar sendo utilizada em níveis elevados. Esse cenário pode resultar em escassez de recursos, o que tende a elevar os custos de construção e, consequentemente, impactar o valor final de imóveis e obras.

O crescimento nas contratações e nas compras de materiais, especialmente no segmento de construção de edifícios, gerar uma valorização de certos produtos, como cimento, aço e componentes específicos. Esses ajustes de preço podem ser sentidos tanto pelos consumidores quanto pelos próprios agentes da construção, que precisarão adaptar suas estratégias de precificação e planejamento.

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