Foi evidenciado risco de desprendimento de pedaços da estrutura, mas não desabamento. Infiltrações e ferros expostos também foram identificados
A falta de manutenção do Washington Luís, em Cascadura, na Zona Norte da cidade, foi atestada por técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro que, em relatório aprovado em abril deste ano, afirmaram que há risco de desprendimento de pedaços da estrutura, mas não desabamento total dela. Além disso, foram encontrados infiltrações nas estruturas de concreto, corrosão e ferros à mostra. O TCM também chamou a atenção para outros 40 viadutos e passarelas localizados no município.
As inspeções do Tribunal aconteceram com a participação de técnicos da Secretaria de Infraestrutura do Rio, em outubro de 2022. Em novembro, o relatório com os perfis e problemas das estruturas foi finalizado, com a sua aprovação acontecendo em abril deste ano. Com isso, o TCM determinou à Prefeitura do Rio que fizesse inspeções rotineiras anuais e inspeções especiais quinquenais, além de elaborar um programa de manutenção preventiva dos viadutos e passarelas para reduzir a degradação das estruturas, aumentar a sua durabilidade e controlar futuros custos de recuperação.
Por meio de nota, emitida pela Secretaria de Infraestrutura, a Prefeitura do Rio esclareceu que as vistorias do TCM foram por ela acompanhadas. Ela destacou ainda que as estruturas são vítimas de vandalismo recorrente. Fato que a levou a reforçar a atuação das equipes de manutenção, tal qual foi efetuado no elevado Paulo de Frontin.
Nota na íntegra:
“A prefeitura do Rio já investiu cerca de R$ 17 milhões na revitalização de viadutos em toda cidade na atual gestão. O último revitalizado foi o trevo das Forças Armadas, a interseção liga a Avenida Presidente Vargas e o Centro do Rio à Avenida Brasil e a Zona Norte, sendo uma das vias de trânsito mais importantes e movimentadas da cidade. Os investimentos da Prefeitura chegaram a R$ 9,3 milhões. Além disso, são investidos anualmente R$ 6 milhões na manutenção de viadutos da cidade. Deixamos claro, que não há risco nos viadutos e que as equipes técnicas atuam com vistorias e manutenções rotineiras.
Com relação ao relatório do TCM, acompanhamos as vistorias do órgão e informamos que os locais são alvo de vandalismo e reforçamos a atuação das equipes rotineiramente via contrato de manutenção. Um exemplo é o elevado Paulo de Frontin onde realizamos intervenções em vários trechos, como retirada de vegetação, analise e atuação em pontos com risco de desprendimento de material, além da recuperação e encamisamento de pilares.” Fonte: Diário do Rio