Sinônimo de ter menos empregos
Luiz Fernando Santos Reis
A prefeitura anunciou R$ 1 bilhão de investimento em plano de obras que inclui prosseguir o programa Bairro Maravilha em 24 comunidades e deslanchar do projeto de grandes parques: Maré, Irajá, Cidade de Deus e Campo Grande.
É uma notícia promissora, no entanto, se o valor fosse totalmente investido na conclusão de obras em andamento, alguns Bairros Maravilha, bem como na manutenção da cidade, o impacto na geração de empregos seria imediato. A ação geraria 3.500 vagas diretas, sem depender de concorrência, pois os projetos já estão prontos e as obras contratadas.
O desenvolvimento de bons projetos é fundamental para o sucesso do empreendimento, mas pode demorar. Já o processo licitatório, na maioria das vezes é moroso em função de recursos e impugnações. As etapas para processo bem feito devem levar de seis meses a um ano.
O ideal seria que parte do valor fosse aplicado em contenção de encostas, programa importante para uma cidade como o Rio, cercada de morros. Temos insistido na dotação de verbas para a Secretária de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma), responsável pela manutenção da cidade, que sofreu redução brutal, de 60% em relação a 2016.
Os cortes têm mostrado efeitos desastrosos, com grandes enchentes que vêm se tornando rotineiras devido a chuvas de média intensidade, sem falar na qualidade do pavimento das ruas. Investir na GeoRio – órgão responsável pela manutenção das encostas e na Seconserma – é zelar pelo bem-estar da população, além de gerar empregos.
O desenvolvimento de projetos como os mencionados é de extrema importância dentro da tônica referida pelo prefeito. No entanto, na atual conjuntura, o que vemos é a cidade ocupada por vendedores ambulantes, por falta de empregos formais. O investimento em infraestrutura é a mola mestra para geração de vagas e melhoria das condições de vida da população.