Sinergia indispensável
Francis Bogossian
Presidente da AEERJ – Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro
É extremamente oportuna a proposta da ALERJ de criar o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Rio Jornalista Roberto Marinho, com a participação da iniciativa privada. A Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro se sente honrada em sediar a Câmara Setorial de Infra-estrutura, porque reconhece a importância e a necessidade de uma maior sinergia entre o Legislativo, o Executivo e o setor privado. Afinal, é este último que paga a conta.
A situação financeira do Estado do Rio é dramática. Na área de infra-estrutura, a situação do Estado do Rio não é menos dramática do que suas finanças. O Aeroporto Internacional está às moscas, enquanto o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, está buscando verba para duplicação, porque seu movimento é enorme. O programa de recuperação da malha rodoviária do Estado, iniciado no governo Garotinho, está suspenso. Transportes deficientes afetam as atividades de todos os setores produtivos.
Na área de saneamento o déficit é incontável. A CEDAE não consegue atender à demanda. O esgoto corre a céu aberto. Isto sem falar no Programa de Despoluição da Baía de Guanabara e no Programa Baixada Viva que estão parados. A falta de investimentos em habitação popular é gritante e comprovada a olhos vistos pelo crescimento das favelas. Recentemente o próprio presidente Lula constatou que os recursos da Caixa Econômica estavam sendo subutilizados devido a questões burocráticas e já anunciou mudanças neste aspecto.
A bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional precisa ser pressionada e municiada de bons projetos a fim de que possa conseguir verbas para o estado. Espera-se também que, com a prometida queda na taxa de juros, os empreendedores se sintam estimulados a investir no Estado do Rio. Minha idéia é que a Câmara Setorial de Infra-estrutura inicie seus trabalhos identificando as deficiências regionais e quais seriam, além da população, os setores produtivos beneficiados com a solução delas. E propor parcerias, nas quais os setores avaliariam as possibilidades de participar dos custos em função dos benefícios que alcançariam.
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