Boa parte da região banhada pela Baía de Sepetiba, e mesmo a praia da Reserva podem desaparecer nos próximos anos, com o aumento do nível do mar; em tempo de tragédia climática no Sul, atenções se voltam para o tema
A Climate Central, uma ONG formada por cientistas e jornalistas que tem por objetivo pesquisar e noticiar os fatos sobre as mudanças climáticas criou um mapa interativo, um tanto pessimista, que prevê um cenário verdadeiramente apocalíptico para as cidades costeiras. O trágico e recente evento que ocorreu no Rio Grande do Sul traz novamente à discussão à tona, em que pese haja evidências de que a infraestrutura dos gaúchos para conter estas tragédias não se encontrava em perfeitas condições.
Os dados, documentados na Nature, principal revista científica do mundo, e revisadas por outros cientistas mostra que a ameaça do aumento do nível do mar ameaças pessoas no mundo, e podem ter profundas consequências econômicas e políticas ainda durante a vida da atual geração. O problema, de gravidades imensas no Leste Asiático, deve atingir, até 2100, áreas que hoje vivem cerca de 200 milhões de pessoas.
Diferente de outras pesquisas, os dados do Climate Central leva em conta que novas informações revelam que a altura de regiões costeiras são significantemente menores do que se pensava anteriormente. Daí então dados muito mais alarmantes.
O nível do mar deve subir entre 60 cm e mais de 2 metros durante o século XXI. E alguns problemas já serão sentidos na próxima década de 2030. Isso se levar em conta o cenário mais pessimista, acreditando que nada será feito nos próximos anos.
Fonte: Diário do Rio