Sete das 27 unidades da federação têm mais de 30% de seus desempregados em busca de trabalho há pelo menos dois anos. O Rio de Janeiro lidera o ranking dos Estados, com quase 40% (37,7%) das pessoas sem trabalho nessa condição, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo pode ser incluído no conceito de desemprego de longo prazo. Quanto mais longa é a busca por trabalho, mais difícil é a reinserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
Após o Rio, os Estados que possuem a maior proporção de pessoas que procuram trabalho há mais de dois anos são Acre (35%), Pernambuco (34,7%), Paraíba (32,8%), Sergipe (30,9%), Amazonas (30,6%) e Bahia (30,6%). A menor taxa está no Pará, com 4,9%.
Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o que explica o alto percentual de desemprego de longo prazo no Estado é o perfil da economia fluminense, mais concentrado em serviços básicos, como no comércio e em serviços, e com menor participação da indústria.
Como exemplo do bom uso da diversificação da atividade econômica, Beringuy citou o Rio Grande do Sul, que investe na produção agrícola e em serviços, sem deixar de lado o setor industrial.
“Mesmo com o Rio tendo o segundo maior PIB do país, a falta de investimento no setor industrial é um dos gargalos para a absorção da mão de obra”, disse.
Fonte: Valor Econômico