Um grupo de empreendedores e advogados lançou nesta quinta-feira (21) a primeira certificadora brasileira de projetos de carbono. Hoje, o mercado é controlado por pouquíssimas entidades, sendo que as principais, Verra e Gold Standard, são americana e suíça, respectivamente.
A Lux Carbon Standard, fundada em Blumenau (SC), promete tornar os projetos de crédito de carbono mais baratos do que aqueles analisados pelas grandes certificadoras. A nova empresa também pretende facilitar a criação de créditos de carbono provenientes de outros biomas brasileiros para além da Amazônia –origem da grande maioria dos projetos certificados no Brasil.
Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 absorvida ou deixada de ser lançada na atmosfera.
“Os projetos de carbono no Brasil feitos por essas certificadoras custam no mínimo US$ 250 mil (R$ 1,23 milhão)”, diz Pedro Guilherme Kraus, 62, presidente da LuxCS. O alto valor é atrelado à venda por dólar e ao tamanho das áreas submetidas à verificação. O menor projeto de créditos de carbono feito em florestas brasileiras e registrado pela Verra, por exemplo, engloba 500 hectares e a grande maioria deles, mais de mil.
A LuxCS, que vai cobrar em real, diz focar também projetos menores. Durante o período de testes, eles conseguiram atestar créditos gerados em propriedades de cinco hectares. Hoje, segundo os criadores, há 15 projetos já em processo de certificação na empresa e outros 90 à espera de documentação. Eles estão concentrados na mata atlântica, pantanal, cerrado e amazônia.
Fonte: Folha de S. Paulo