Práticas ESG impactam o mercado brasileiro da área e plataformas digitais surgem como opção, visando a redução de desperdício e melhoria operacional
A aplicação de práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) tem ganhado relevância, principalmente em um contexto mundial, no qual a sustentabilidade e a eficiência são demandas crescentes.
Na construção civil não é diferente, essas condutas têm contribuído para a redução de impactos ambientais e para a melhoria da gestão operacional.
Segundo dados, o índice de desperdícios na construção civil atualmente gira em torno de 30% a 40%. Ao adotar práticas como a digitalização do processo construtivo, as perdas podem reduzir para 5%.
O desperdício na construção civil não se limita apenas aos resíduos visíveis, como restos de materiais e detritos.
A utilização ineficiente de recursos, erros de planejamento, falhas na execução de projetos e até mesmo no uso inadequado de mão de obra, também são formas de desaproveitamento.
Além de aumentar os custos das obras, esses fatores também têm um impacto significativo no meio ambiente, contribuindo para a degradação ecológica e o esgotamento de recursos naturais.
Software promove práticas ESG – Pensando em oferecer maior eficiência na gestão de obras e promover um mercado mais sustentável, a Mobuss Soluções Tecnológicas, empresa de Blumenau, promove soluções digitais capazes de atender diversas etapas das obras, que vão desde o escritório até o canteiro de obras.
A plataforma já registrou mais de 5 milhões de inspeções de qualidade realizadas de forma digital e o controle de mais de 4 milhões de documentos, reduzindo o uso de papel e, consequentemente, os impactos ambientais causados pela construção civil.
“A plataforma Mobuss permite a digitalização de processos, o que evita o consumo de papel. Além disso, o software contribui oferecendo um melhor controle de processos ligados a normas de segurança e de qualidade nos canteiros de obras, que unidose à digitalização, ajudam a manter um canteiro de obras mais seguro, com processos mais transparentes e em conformidade com as normas”, explica Taiana Vitcoski, Gerente Comercial do Mobuss Construção.
Conforme indica a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) realizada pelo IBGE, gasta-se, em média, até 8% a mais em material do que o necessário por conta das perdas, tanto na própria edificação quanto em entulho.
Em alguns tipos de materiais, o problema se agrava, como por exemplo o desperdício de massa fina, que pode chegar a 80%, e o de tintas e tijolos, a mais de 25%.
“Integrar práticas ESG é essencial para o avanço sustentável da construção civil no Brasil. Ambientalmente, é crucial adotar materiais sustentáveis, captar água da chuva e gerir resíduos. No âmbito social, a capacitação e programas de inclusão promovem um ambiente de trabalho diversificado e produtivo. Em governança, práticas éticas e programas de responsabilidade são fundamentais para a transparência. Soluções tecnológicas que apoiam essas práticas podem ser um diferencial para empresas que desejam se destacar e contribuir para um futuro mais sustentável e ético”, detalha Taiana.
Fonte: Grandes Construções