Fonte: Senior Blog
27/03/2025
Regulamentada recentemente e com um longo período de transição pela frente, o novo regime tributário brasileiro já gera preocupações em diversos setores.
Prevista para começar, de fato, no Brasil em 2026 e terminar em 2032, os impactos da reforma tributária já são estudados para diversos setores. De maneira geral, a nova lei busca simplificar o cumprimento de exigências fiscais e aumentar a transparência tributária sobre o consumo de bens e serviços.
Espera-se que a simplificação se reverta em benefícios para a economia, especialmente um aumento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em uma década. Até lá, porém, o país vai viver um período de transição e de convivência entre dois regimes fiscais.
Muitas das alterações propostas só serão sentidas, na prática, com o passar do tempo, mas já é possível estimar os impactos da reforma tributária para diversos setores.
Na sequência deste artigo, vamos tratar dos setores de construção civil, logística, indústria e agronegócio.
Acompanhe as principais atualizações da reforma tributária neste artigo.
Impactos da reforma tributária para a construção civil
São quatro pontos de destaque para a nova legislação em relação ao setor de construção.
1. Alteração na relação com fornecedores – Atualmente, muitos fornecedores do setor operam sob o regime do Simples Nacional, o que resulta em menor geração de créditos tributários. Com a reforma, será crucial avaliar não apenas o preço, mas também a cadeia de tributos ao negociar condições, tornando a quantidade de créditos um fator decisivo.
2. Estímulo à industrialização – A reforma deve eliminar a distinção tributária entre o que é fabricado dentro ou fora do canteiro de obras. Hoje, muitas incorporadoras evitam a construção off-site devido à incidência de ICMS, enquanto aplica-se apenas o ISS sobre atividades no local da prestação de serviço. Com as mudanças, processos de construção modular e industrialização fora do canteiro serão incentivados, promovendo modernização de métodos construtivos.
3. Ampliação do uso de tecnologia – A necessidade de gerenciar créditos tributários e acompanhar as novas exigências deve impulsionar a adoção de softwares especializados no planejamento e gestão de obras. Empresas com atuação especializada tendem a oferecer soluções que se adaptam a essa nova realidade, simplificando operações e o planejamento das construtoras.
4. Precificação e carga tributária – Há preocupações de que a reforma possa aumentar a carga tributária para o setor. Como compensação, a regulamentação estabeleceu redução de 50% nas alíquotas do setor.
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