Obras da estação Gávea: empresas alvo da Lava-Jato abrem mão de lucro

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e as construtoras responsáveis pelas obras da nova estação de metrô na Gávea chegaram a um acordo para dar seguimento ao projeto que está paralisado há quase 10 anos: alvos da Operação Lava Jato, as empresas abriram mão de lucro e outros créditos que tinham com o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em troca, a Odebrecht, que agora se chama Novonor, e a Carioca Engenharia, ficam livres da investigação do MP sobre improbidade administrativa.

As duas empresas já tinham fechado acordos de leniência com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), quando revelaram o funcionamento do esquema de corrupção e se comprometeram a restituir os danos causados aos cofres públicos. E, embora não venham mais a responder à ação de improbidade, continuam na mira das investigações em relação aos agentes públicos que causaram prejuízos ao estado continuam em tramitação. As informações são do RJ-TV 2, da TV Globo.

“Não é mera estabilização do buraco do metrô, mas sim a entrega completa da estação em perfeito funcionamento”, explicou o promotor Décio Alonso. Segundo o secretário estadual de Transporte, Washington Reis, as obras para a conclusão da Estação Gávea do metrô serão retomadas ainda em maio. A inauguração da nova estação deve ocorrer em junho de 2026, de acordo com Reis. Segundo a TV Globo, para baratear os custos da obra parada, nesse primeiro momento, apenas um túnel dos que estavam previstos será concluído, o que liga Gávea a São Conrado. O outro túnel, que ligaria Gávea ao Leblon encareceria muito a obra e tornaria inviável a retomada da Linha 4, segundo o governo do estado. Neste caso, para ir até a estação Gávea, o passageiro terá que obrigatoriamente fazer uma baldeação em São Conrado.

Depois de consumir quase R$ 10 bilhões (9,6 milhões), o governo acredita que ainda faltam R$ 697 milhões para a conclusão do projeto. Segundo o acordo, o Metrô Rio vai bancar R$ 600 milhões. Em troca, a concessionária vai poder operar a Linha 4 – o que não estava previsto antes – e estender o contrato de concessão com o estado por mais 10 anos. Já os R$ 97 milhões restantes serão pagos pelo Governo do estado.

Fonte: Diário do Rio