O setor de varejo de material de construção faturou R$ 207,4 bilhões em 2022, crescimento de 2,5% ante 2021, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, em parceria com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
Os varejistas vinham de um crescimento de 4,4% em 2021 e conseguiram manter os números em alta, enquanto a indústria dos materiais se retraiu. A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) reportou recuo de 7% no faturamento no ano e a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (Anfacer) apontava queda de
13%. O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic) divulgou vendas 2,8% menores do que em 2021.
Para Geraldo Defalco, presidente da Anamaco, essa disparidade entre varejo e indústria não é incompatível. Ele cita diferenças como o fato dos lojistas terem que manter estoque, e as dificuldades com o fornecimento de produtos pelas quais o setor passou em 2021. “Nós fazíamos pedidos para a indústria e demorávamos quatro meses para receber. O cliente espera e o mercado vai se acomodando”, afirma. Isso se normalizou em 2022, o que ajudou nas vendas. Fonte Valor Econômico