Ao todo, 29 cidades apresentam seca classificada como moderada, principalmente nas regiões Noroeste e Norte
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou, nesta segunda-feira, o primeiro Boletim Mensal de Segurança Hídrica no estado do Rio. O documento mostra que há situação de seca fraca a moderada em boa parte do território fluminense o que pode, de acordo com o Instituto, causar impactos de curto prazo. No mapa divulgado, apenas a região litorânea entre parte de Mangaratiba, na Costa Verde, e parte de Rio das Ostras, na Região dos Lagos — exceto Duque de Caxias, Guapimirim e Magé, na Baixada Fluminense — estão na área considerada “sem seca relativa”. A área em “seca moderada” engloba os municípios de Quatis, Resende e Itatiaia, no Sul fluminense, além de todo o Norte e Noroeste e algumas cidades da região Serrana como Carmo, Cantagalo, São Sebastião do Alto e Santa Maria Madalena. No restante do estado, a situação é de “seca fraca”. O estudo identifica ainda nove cidades onde o abastecimento de água tem enfrentado problemas por conta da estiagem.
Entre as cidades impactadas estão: Angra dos Reis, Guapimirim, Teresópolis, Niterói, Rio de Janeiro (Paquetá), Macaé, São Gonçalo, Itaguaí, Carmo, Petrópolis, Maricá (Inoã), Mangaratiba e Itaboraí. Partes de Rio das Ostras e São João da Barra também são afetadas. O boletim acompanhará a cada mês o nível dos principais reservatórios do estado.
Nesta primeira edição, uma comparação entre os dados de agosto deste ano com o mesmo período do ano passado mostra que reservatório de Lajes, por exemplo — que recebe águas dos rios Piraí, Pires, da Prata e Machado e integra a Bacia do Rio Guandu — caiu de 91,67% para 88,88%. Já o reservatório do Funil — em Resende, cujas águas integram o sistema do Paraíba do Sul e contribuem para o abastecimento do Rio — registrou um leve aumento, de 67,93% para 70,75%. O reservatório de Juturnaíba — localizado entre Silva Jardim e Araruama, que recebe águas dos rios São João, Capivari e Bacaxá — também apresentou pequena variação negativa de 86,87% para 86,36%. O Inea considera que todos os reservatórios “se mantém dentro da normalidade”.
— O boletim nos dá uma visão clara e atualizada sobre o comportamento dos nossos reservatórios e nos permite planejar as ações necessárias para garantir o abastecimento de água de forma equilibrada e eficiente — disse secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
— Acompanhando de perto os níveis dos reservatórios e o impacto da estiagem nos municípios, conseguimos trabalhar com mais precisão para assegurar o abastecimento hídrico e propor medidas que beneficiem as áreas mais afetadas — disse Bielschowsky.
Fonte: O Globo