Toda cidade tem sua forma definida pela moradia. O mar de edifícios altos que caracteriza São Paulo é majoritariamente residencial. E o oceano em baixa altura da periferia paulistana também. No Rio, a imagem ambiental é mais complexa, mas o fenômeno é similar.
O morar se expressa de diversos modos, do mais simples domicílio ao mais sofisticado apartamento. Mas o morar urbano, além da casa, exige também infraestrutura, equipamentos sociais e serviços públicos.
Desde meados do século XX, o Brasil construiu 80 milhões de moradias. O maior crescimento relativo em todo o mundo no período.
Em contraste, os recursos destinados à habitação foram mínimos proporcionalmente ao PIB, muito mais baixos que nos países desenvolvidos ou até em desenvolvimento. Para 80% das moradias, não houve nenhum financiamento. Por isso, em sua maioria, carecem de infraestrutura e serviços públicos.
A escassez de crédito correlaciona-se com políticas equivocadas para a habitação, que o país confunde com a construção de conjuntos residenciais. O Minha Casa, Minha Vida repetiu o modelo falido do Banco Nacional de Habitação e exauriu investimento em outros modos de atender à demanda. Fonte: O Globo. Acesse a matéria na íntegra.