Um levantamento feito por pesquisadores do Mestrado Profissional em Ciências do Meio do Ambiente da Universidade Veiga de Almeida (UVA) mostra que, em um intervalo de 12 anos, a geração de resíduos sólidos urbanos no estado do Rio de Janeiro teve um incremento de 363 toneladas por dia.
O volume adicional produzido representa mais 2,6 estádios do Maracanã preenchidos de lixo do chão ao topo anualmente.
Entre 2010 e 2022, a geração diária no estado passou de cerca de 16.970 toneladas para 17.333 toneladas, um crescimento de 2,14%. Apesar de parecer um percentual pequeno, o crescimento representa, em números absolutos, um incremento anual de 130.680 toneladas de resíduos a serem gerenciadas pelos 92 municípios do Rio.
O estudo comparou os dados mais recentes do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com as estatísticas do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro (PERS), lançado em 2013, feito com base no Censo 2010.
Os professores Carlos Eduardo Canejo e Ricardo Soares, coautores do trabalho e ambos com passagem pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), alertam para a necessidade de o poder público atualizar as políticas de gestão de resíduos a partir dos dados do Censo 2022.
Fonte: O Globo