Após o desastre ambiental de grandes proporções ocorrido no ano 2000, o Governo do Estado criou o Dia Estadual da Baía de Guanabara, que é celebrado no dia 18 de janeiro, data em que ocorreu o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Ilha do Governador. O acidente resultou em uma mancha de mais de 40 km ao longo da Baía e é considerado uma das piores catástrofes ambientais do Rio de Janeiro. A data foi instituída pela Lei Estadual nº 3616/2001.
A tragédia ambiental, que vitimou milhares de aves e animais marinhos, além de ter prejudicado pescadores e trabalhadores de áreas afins, é considerado um marco na mobilização pela recuperação e preservação da Baia de Guanabara, segundo a diretora-presidente do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara), Adriana Bocaiuva.
O CBH Baía de Guanabara trabalha há 18 anos na gestão e preservação dos recursos hídricos de toda a Baía de Guanabara, que abrange, total ou parcialmente, 17 cidades da região metropolitana do Rio.
Uma de suas ações é o programa de monitoramento quali-quantitativo, em execução desde 2021. Através do programa 93 pontos distribuídos ao longo dos corpos d’água da Região Hidrográfica V (RHV) são monitorados a partir de 13 parâmetros de qualidade, sendo 10 deles determinantes para avaliar o índice de qualidade da água (IQA). No monitoramento também é medida a vazão em 50 pontos.
A iniciativa foi reconhecida pelo Prêmio Prosegh 2023, na categoria qualidade ambiental. Como o resultado o programa recebeu um investimento de R? 10 milhões para a sua ampliação. Através dele, que terá início em abril, serão medidos 78 parâmetros de qualidade da água, com a realização periódica de coletas de amostras, análises laboratoriais e monitoramento por satélite do crescimento de flora nociva.
O CBH Baía de Guanabara promove a gestão dos recursos hídricos na Região Hidrográfica V (RH-V), através da participação de representantes do Poder Público, de usuários – instituições que fazem uso da água – e da Sociedade Civil.
Fonte: Diário do Rio