A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os números do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) para fevereiro de 2024, revelando um cenário atualizado sobre os custos na construção brasileira.
O INCC registrou um aumento de 0,13% em fevereiro de 2024, acumulando um aumento de 0,40% nos dois primeiros meses do ano.
No segundo mês do ano, os custos com materiais e equipamentos aumentaram 0,20%, enquanto os custos com mão de obra subiram 0,05% e os serviços permaneceram relativamente estáveis, com um aumento de 0,04%.
Algumas cidades, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, registraram aumentos nos custos com materiais, equipamentos e serviços, enquanto Brasília e Salvador viram uma queda nesses custos.
O INCC parece estar se alinhando mais com a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE). Após aumentos significativos em anos anteriores, os resultados de 2023 e início de 2024 indicam uma tendência mais estável.
Apesar da estabilidade aparente, os construtores ainda enfrentam desafios devido aos custos elevados, especialmente com materiais e equipamentos, que aumentaram 57,10% nos últimos quatro anos.
Para a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a pesquisa revela uma preocupação para a construção sobre a elevação de custos. “Os construtores ainda sofrem com o seu elevado patamar de custo. Isso significa que os insumos, como materiais e equipamentos, estabilizaram-se em um patamar muito elevado. Esta é uma preocupação para a construção, pois não é mais possível construir hoje com o mesmo patamar de custos do período pré-pandemia”, concluiu.
Agência CBIC