Contrato de construção do Minha Casa Minha Vida na Mangueira será assinado em março

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Após quatro anos de atraso, a construção de 600 unidades do programa Minha Casa Minha Vida na Mangueira, Zona Norte do Rio, deve começar ainda este ano. Um dos espaços em que um condomínio de 272 unidades será erguido está o terreno na Avenida Visconde de Niterói onde ficava o antigo prédio do IBGE — implodido em 2018. A prefeitura acredita que os contratos serão assinados em março, o que permitirá o início das obras que tem previsão de conclusão de até dois anos. Também deve começar em breve as intervenções no Itanhangá, Zona Oeste, de outras 400 unidades.

Segundo o secretário municipal de Habitação Patrick Correa de Oliveira Leite, atualmente 4,5 mil famílias recebem o Auxílio Habitacional Temporário, de R$ 400 mensais, e devem ser beneficiadas com as construções. Nesta semana também será publicado um edital para convocar empresas que queiram construir outras 466 unidades no Centro e Zona Norte do Rio. A escolha pelos bairros é uma nova política do programa habitacional, após anos de críticas por construir unidades em áreas distantes da cidade e que ainda não tinham grande infraestrutura.

— Os terrenos foram aprovados com nota máxima pela Caixa Econômica Federal por ser áreas com infraestrutura já. O que aconteceu antes foi um equívoco de colocar as pessoas em lugares mais distantes e depois levar a urbanização. A determinação da prefeitura é buscar terrenos nas áreas centrais onde já tenha escolas, hospitais, saneamento e transporte — diz Correa.

As mil unidades na Mangueira e Itanhangá devem custar para as construtoras cerca de R$ 170 milhões. O terreno mais antigo implodido é o da antiga fábrica Lanifício, implodida em 2014. Serão 200 unidades habitacionais de R$ 34 milhões. Onde o Ministério da Fazenda tinha um prédio, derrubado em 2018, serão erguidos 128 apartamentos a R$ 21,7 milhões. No terreno do edifício do IBGE serão outras 272 unidades a R$ 46,2 milhões.

O secretário de Habitação creditou o atraso nas obras da Mangueira por um problema burocrático. Em 2018 o programa mudou de nome para se chamar “Casa Verde e Amarela” e trocas nas faixas de renda dos contemplados teriam impedido a continuação das obras. As unidades serão destinadas a Faixa 1, em que a pessoa tem que ter renda familiar de até R$ 2.640 .

A Caixa Econômica financia os imóveis para os contemplados. Quem recebe Bolsa Família está inseto do pagamento.

Energia solar
Nos telhados dos condomínios serão instalados painéis de geração de energia solar, que podem reduzir em até 60% a conta dos beneficiários. Também haverá espaço para hortas comunitárias e está previsto a criação de espaço para cursos profissionalizantes. Para a construção, explica Patrick Correa, serão contratados profissionais da região.

— Não queremos só entregar concreto. A gente quer dar a oportunidade dos moradores construírem seus sonhos. Ainda estamos procurando terrenos para desapropriar e construir outras cinco mil unidades.

Fonte: O Globo