Cercado pela Floresta da Tijuca e em uma das regiões de temperaturas mais amenas da cidade, o tradicional bairro do Alto da Boa Vista é motivo de controvérsia que esquenta a reta final de debates da revisão do Plano Diretor, que deve ir à votação no próximo dia 12 na Câmara do Rio.
A comissão especial da Casa que analisa o projeto concorda em mudar as normas para licenciar novos empreendimentos na Estrada de Furnas e em ruas do entorno, em trechos fora dos limites da área de preservação do Parque Nacional da Tijuca. O objetivo é adensar e mudar o perfil de ocupação.
Hoje, nesta região, há regras em vigor desde os anos 1970 que só permitem a construção de casas de até dois andares a cada 10 mil metros quadrados, o que estimulou a construção de mansões, muitas das quais viraram casas de festas.
Em tese, segundo a versão votada pela comissão, em alguns trechos do Alto — como na chegada à Muda e no entorno da Praça Afonso Viseu —, seria possível ter unidades residenciais e comerciais em lotes de 180 metros quadrados. Ou seja, onde hoje há uma única casa poderia ter a uma vila com 55 unidades. O gabarito baixo, no entanto, seria mantido.
Fonte: O Globo