Com o Marco do Saneamento, o Brasil tem despertado interesse de fundos de investimento, operadores estrangeiros e até empresas que não são do ramo, atraindo novos players para o setor. A médio prazo, aberturas de capital (IPOs na sigla em inglês) devem entrar na agenda, como avalia a Cedae.
— A Equatorial, gigante do setor de energia, entrou no setor vencendo o leilão de saneamento para o estado do Amapá, em 2021. A espanhola Acciona ainda não venceu, mas apresentou propostas no leilão da paranaense Sanepar em julho — ressalta Rodrigo Bertoccelli, advogado e sócio do escritório Felsberg.
Os novos operadores disputam com os já consolidados, que também receberam aportes de fundos, incluindo do exterior. A Aegea, maior empresa privada do segmento, tem adotado uma estratégia agressiva de expansão e é tida pelos analistas como vocacionada a manter a liderança.
A Aegea tem como controlador o grupo Equipav (52,77% do capital) e como sócios relevantes o fundo soberano de Cingapura (GIC), com 34,34%, e, desde 2021, a Itaúsa, com 12,88%. A empresa atende hoje 489 municípios que, somados, têm uma população de cerca de 30 milhões.
— O IPO sempre é uma alternativa que a gente considera, mas não temos um projeto nesse sentido hoje. Os nossos projetos que requerem mais capital estão equacionados — diz André Pires, diretor financeiro da empresa. Acesse a matéria na íntegra.