Fonte: Diário do Rio
11/04/2025
No Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, Cláudio Castro defendeu que o Rio de Janeiro receba maior parcela dos royalties do petróleo para investir em infraestrutura e desenvolvimento local.
Durante a abertura do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia Oil & Gas 2025, realizado nesta quarta-feira (9) na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governador Cláudio Castro defendeu a rediscussão do pacto federativo quanto à distribuição dos royalties do petróleo. Para ele, os recursos atualmente destinados à União deveriam ser revertidos em obras de infraestrutura no próprio Estado do Rio de Janeiro, contribuindo diretamente para a população e o setor produtivo local.
“Precisamos aproveitar um evento com a presença de líderes para debater acerca do pacto federativo. O Rio é um estado com uma dívida de mais de R$ 175 bilhões, ainda que a União arrecade R$ 460 bilhões por ano, no meu território. Uma indústria como essa não pode ser enxergada apenas como uma perspectiva de dividendos e resultado primário da União, sendo que é um setor que pode trazer muita justiça social e atividade econômica”, destacou Castro.
O governador também afirmou que o estado, embora seja responsável por 90% da produção de petróleo e 76% da produção de gás natural no Brasil, ainda enfrenta limitações para executar projetos de infraestrutura. “É muito difícil discutir sobre liderança no setor de óleo e gás e não falar sobre o nosso estado. Os números mostram que o Rio de Janeiro é, sim, a capital energética do Brasil, é o local mais importante desse setor”, afirmou.
Dados da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz-RJ) mostram que, em 2024, a extração de petróleo e gás respondeu por mais de 90% das exportações fluminenses, movimentando cerca de R$ 41,72 bilhões.
O secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, também participou do evento e destacou os avanços em políticas voltadas para a transição energética. “O governador Cláudio Castro teve uma visão muito estratégica para tratar do tema, criando políticas públicas que impulsionem o setor. Temos investido na transição energética, fortalecendo também a geração de energia limpa. Queremos transformar o Estado do Rio em um hub nacional de transição energética e descarbonização”, afirmou.
Já o presidente da FGV, professor Carlos Ivan Leal, ressaltou a relevância da indústria de óleo e gás para o desenvolvimento social e econômico: “Enquanto a humanidade existir, precisaremos de energia. Sediar um evento como esse evidencia o cumprimento da nossa missão. A indústria de óleo e gás é importante não apenas para o desenvolvimento do nosso estado e país, mas também para a manutenção de tudo que já construímos até agora”.