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Jornal do BrasilSábado, 1º de Outubro de 2005 – A1601/10/2005

Borbulhantes

• FINALMENTE UM gesto concreto em defesa do Estado do Rio de Janeiro! Um
grupo de entidades representativas de vários setores de produção, municiado com
dados escandalosos que provam o desinteresse do Governo da União em relação ao
Rio, organizou-se na frente Pró-Rio… • ELES SÃO a Ademi, de dirigentes do
mercado imobiliário, a Fecomércio, a Aeerj, de empresas de engenharia, a Seaerj,
de arquitetos e engenheiros, a Aderio, Agência de Desenvolvimento do Rio, o
Clube de Engenharia, a Associação Comercial, o Sinduscom, da Indústria da
Construção, a OAB-Rj, o Crea-Rj, a Firjan e o Tribunal Contas do Município… •
E O QUE eles pleiteiam? Que o Estado do Rio de Janeiro seja contemplado pelo
Orçamento Geral da União com recursos justos e com a devida atenção dos órgãos
federais, proporcionalmente à sua arrecadação que é a segunda da Federação. Para
vocês terem uma leve idéia, estamos em outubro e até agora quase nada foi
aprovado. Das emendas propostas pela nossa bancada para o Orçamento deste ano de
2005, como já contei, apenas uma foi aprovada: a que contempla (e muito
justamente) a ABBR… • NADINHA DO Orçamento de 2005 até agora, e só temos até o
dia 19 para apresentar as emendas ao projeto de lei do Orçamento de 2006, é
possível isso?! As rodovias federais do Rio estão completamente abandonadas. De
12 estradas pesquisadas pela CNT, num total de 1.600 km de extensão, 1.126 km
foram classificados como péssimos. Isto é: são oito rodovias em condições abaixo
de crítica. Três são tidas como boas e apenas uma, a BR.040, foi considerada
ótima. Mas não é graças à grana do Governo, pois ela é privatizada… • NA AREA
de habitação e saneamento, parece até piada. Do total aprovado dos recursos do
FGTS para nós (11,2bi), só cerca de 15% (2,8bi) bateram aqui. E sabem quanto há
para ser gasto do FGTS? R$ 160 bilhões! A maior parte disso é aplicada pela
Caixa Econômica em títulos públicos. É o Governo se comportando como se fosse um
banco comercial, esquecendo-se de sua função social. O pobre precisa ter seu
ambiente saneado e de casa para morar. Sem habitação popular, o resultado é esse
que testemunhamos: a favelização das cidades, a insegurança generalizada, a
negação do princípio da propriedade privada. Quem paga a conta é a classe média,
que comparece com seus impostos e obedece a lei. O rico voa para Miami. Ao pobre
não sobra escolha, senão ser favelado e camelô… • DETALHE: quando se aplica em
saneamento e habitação, gera-se emprego (com assistência médica) para a
mão-de-obra não especializada, dando-se ao pobre a oportunidade de não ser mais
um na fila do desemprego. E não me venham dizer que estou defendendo os
empresários, porque são eles que produzem, investem no empregado e não em juros
bancários, como faz o mercado financeiro… • MUNIDOS DESSE discurso, os líderes
da Frente Pró-Rio foram ontem recebidos no Palácio das Laranjeiras pela
governadora Rosinha, segundo a qual as reivindicações do Estado são as mesmas do
movimento. No próximo dia 5, os representantes do movimento tomam café da manhã
com a bancada federal do Rio de Janeiro em Brasília. A gente fica aqui rezando
para Lula pôr a mão na consciência…

 

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