Banco também aprovou financiamento de R$ 65 milhões que prevê conectividade em favelas e periferias
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta segunda-feira (7) a segunda etapa do BNDES Periferias, que busca incentivar projetos de diversidade e redução da desigualdade em favelas e periferias. Serão R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis, dos quais R$ 50 milhões do BNDES e outros R$ 50 milhões de instituições parceiras.
De acordo com a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, a primeira fase do programa, lançada em março deste ano, recebeu 81 propostas e contou com a participação de 12 instituições em projetos que somaram R$ 82 milhões.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a instituição precisa de linhas diferenciadas para contribuir com setores considerados estratégicos. Ele também defendeu que regras para negócios em comunidades não podem ser as mesmas de empresas nacionais ou multinacionais.
“A cultura do banco e as normas do Banco Central para bancos públicos é que a empresa tem que ter rating, histórico e taxa de retorno”, disse por vídeo. “Essas regras estão corretas para defender o interesse público, mas elas têm que ser flexíveis especialmente pra chegar onde o Estado brasileiro precisa chegar, senão não tem solução para a violência e desigualdade.”
Nesta segunda, o BNDES também aprovou R$ 65 milhões para a Highline do Brasil instalar 181 torres de 4G e 5G em 23 Estados. A maior parte do financiamento será destinada à implementação de 145 torres de telecomunicações em 124 favelas. A operação contou com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
De acordo com o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luis Gordon, o banco já aprovou R$ 721,65 milhões em projetos de conectividade pelo Fust desde outubro de 2023 e os empréstimos devem somar R$ 2 bilhões até o fim de do ano que vem.
“Estamos com pipeline muito grande de projetos chegando. Já temos quase tudo em discussão para contratação até o fim do ano”, afirmou.
A Highline informou, por comunicado, que a maior parte dos recursos será destinada a atender áreas carentes e localidades rurais da Bahia, Maranhão e Piauí selecionadas pelos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Fonte: Valor Econômico