Autoridades do Rio e SP pregam parcerias contra desastres

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No seminário ‘G20 no Brasil’, prefeito do Rio critica negacionismo climático e secretários apostam em parcerias

Autoridades do Rio e de São Paulo defenderam nesta quinta-feira (16) mais recursos para prevenção de desastres ambientais e apontaram que, diante de limitações orçamentárias, um caminho para ter mais investimentos é via parcerias privadas. Este foi o consenso dos debates realizados ontem no seminário “G20 no Brasil”, promovido por Valor, “O Globo” e rádio CBN.

O evento teve a participação do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), do secretário da Casa Civil do Estado, Nicola Miccione, do secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo, e do diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Augusto Braun.

Os participantes usaram o exemplo do Rio Grande do Sul, devastado pelas enchentes que deixaram 151 mortos no Estado, para alertar sobre a necessidade de se investir em prevenção e mapeamento de possíveis desastres. O negacionismo climático também foi criticado. Autoridades e especialistas disseram ser preciso reconhecer as responsabilidades em eventos climáticos extremos.

“A primeira lição dessa tragédia no Rio Grande do Sul tem a ver com os negacionistas. O debate sobre as mudanças climáticas gera um grau de desconfiança e incredulidade naquilo que nos diz, de maneira muito óbvia e enfática, a ciência”, afirmou Paes, que relembrou que o caso no Sul não foi a única tragédia ambiental no país.

No ano passado, o próprio Rio Grande do Sul viveu desastres parecidos em junho, setembro e novembro. Em menor proporção do que agora, as enchentes nesses três momentos causaram 75 mortes. Já no Rio, nos dois primeiros meses deste ano, ao menos 20 pessoas morreram em temporais. As fatalidades costumam ser causadas por deslizamentos, enxurradas e enchentes – problemas que poderiam, segundo especialistas, ser evitados com a melhoria de infraestrutura das cidades, sistemas de sirenes, mapeamento de áreas de risco e limpeza de vias de escoamento de águas pluviais.

Fonte: Valor Econômico