O nível de atividade e o número de empregados da indústria da construção registraram queda na passagem do mês de outubro para novembro de 2023. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Ao todo, foram entrevistadas 347 empresas, sendo 134 pequenas, 138 médias e 75 grandes, entre 1º e 11 de dezembro de 2023.
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 46,2 pontos, em novembro, o que representa queda de 3,5 pontos na comparação com outubro. Com o recuo na comparação com o mês anterior, o índice segue abaixo da linha de corte de 50 pontos. O resultado de novembro representa queda da atividade mais intensa e disseminada do que no mês anterior. O índice também está abaixo da média dos meses de novembro, de 46,5 pontos, e abaixo da média histórica do indicador, de 46,3 pontos.
No mesmo sentido, o índice de evolução do número de empregados da construção foi de 47,8 pontos, um recuo de 0,6 ponto na comparação com o mês anterior. O emprego na indústria da construção permanece em patamar negativo e distante da linha divisória de 50 pontos, que separa o crescimento da queda do emprego.
Entretanto, Verlangeiro explica que, mesmo com o recuo, o emprego ficou acima da média para meses de novembro e acima da média histórica. “No mês de novembro de anos anteriores, o índice de evolução do emprego foi de 45,0 pontos e a média histórica, de 45,2 pontos. Ou seja, o resultado é de queda do emprego, mas menor do que o esperado para o período”.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) para a indústria da construção, que mede o uso de recursos como mão de obra e equipamentos em relação à disponibilidade da empresa, registrou queda de 1 ponto percentual e encerrou novembro em 67%. O percentual é o mesmo do registrado em novembro de 2022. Ao longo de 2023, o indicador apresentou variação entre 65% e 68%.
A sondagem aponta que o índice de expectativa de compra de insumos e matérias primas para a construção civil teve queda de 1,5 ponto de novembro para dezembro e atingiu 50,1 pontos. Já o índice de expectativa do número de empregados recuou 1,5 ponto e passou para 50,2 pontos no mesmo período. Por sua vez, o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços apresentou leve queda, de 0,1 ponto, e registrou 51,0 pontos em dezembro.