AEERJ promoveu debate sobre as enchentes no Rio de Janeiro

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Nesta quinta-feira (29), o auditório da AEERJ foi palco de um importante debate sobre as enchentes no Rio de Janeiro. Sob o tema “Tragédias Anunciadas: Quando será a próxima?”, renomados especialistas se reuniram para discutir soluções e estratégias diante desse desafio constante enfrentado pela cidade e por outros municípios do estado.

As enchentes representam um problema recorrente na cidade. Cada temporada de chuvas intensas traz consigo as inundações, deslizamentos de terras e consequentes danos materiais e humanos. Wanderson dos Santos, presidente da Rio-Águas, destacou a urgência de um plano mais eficaz diante dessa situação.

“Se não fizermos um planejamento urbano adequado, vamos sofrer. Precisamos olhar para as áreas com pouca visibilidade e com uma área hidrográfica expansiva, como a zona oeste, um ambiente de oportunidade para implementar medidas preventivas e evitar problemas como os que já temos no resto da cidade”, explica Wanderson.

Na ocasião, o jornalista, Emanuel Alencar, pontuou à importância da drenagem urbana no combate às enchentes. “Esse debate foi fundamental para evidenciar o assunto da drenagem urbana, que, muitas vezes, é o componente mais esquecido do saneamento básico, mas ele é decisivo e em um momento que a gente enfrenta os efeitos muito significativos de emergência climática em toda região metropolitana do Rio”, relata o jornalista.

Na mesma linha, o presidente do INEA, Philipe Campello, destaca que as tragédias naturais são um problema antigo na cidade. “É inevitável, as inundações sempre vão acontecer, a gente só precisa saber como lidar com elas, não achem que ela não vai acontecer, porque ela vai. Se fala em inundação há dois mil anos”, informa Philipe.

Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade urgente de políticas públicas eficazes, e este seminário foi um espaço crucial para reflexão e proposição de soluções para um dos desafios mais urgentes enfrentados pelo Rio.

Paulo Canedo, Professor de Recursos Hídricos (COPPE/UFRJ) e Luiz Renato Vergara, Sócio-fundador da Coordena e Consultor Ambiental, também argumentaram sobre o tema.

“Precisamos dar esperança para as pessoas da baixada, a cada ano que passa eles se decepcionam mais, com o projeto do Revitaliza Rio, conseguimos melhorar muito a situação deles’, afirma Canedo.

“O grande problema que nós temos é a falta de continuidade de políticas de gestão, falta de sequência dos projetos para não se gastar duas vezes o que foi feito’, reitera Luiz Renato.

O Presidente da AEERJ, Paulo Kendi T. Massunaga, no encerramento do seminário, chamou a atenção para a “necessidade de projetos estruturantes e obras de Estado e não de governo, não só para o sistema de drenagem como também para outras intervenções necessárias para a melhoria das cidades”.

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