Entre ganhadores, chama a atenção o perfil diverso, com grupos tradicionais, gestoras, construtoras e estrangeiros
O mercado de rodovias, que já vinha atraindo novos investidores, deu um salto neste ano com a entrada de novos operadores e a diversificação dos grupos que atuam no setor. Os dez leilões de concessões rodoviárias realizados até o momento em 2024 tiveram oito diferentes ganhadores, com perfis distintos.
Dessas dez licitações, apenas uma não atraiu ofertas: a Rota da Celulose, do Mato Grosso do Sul. Porém, a expectativa é que o projeto seja reformulado e republicado no ano que vem.
Nos demais nove leilões, houve oito ganhadores. Apenas um grupo levou dois contratos, a CCR, que conquistou a Rota Sorocabana, leiloada pelo governo paulista no fim de outubro, e o Lote 3 de rodovias do Paraná, licitado nesta semana pelo governo federal.
Também chama a atenção o perfil diverso das ganhadoras – que incluem operadores tradicionais, companhias estrangeiras, construtoras locais e gestoras de investimentos – e a presença de diversos novos atores.
O governo federal realizou seis leilões rodoviários neste ano – até o momento, dado que ainda há um último marcado para esta semana. Entre os seis projetos, cada contrato ficou com uma empresa diferente. A concessão da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, foi arrematada pela EPR, plataforma da Equipav com a Perfin. A BR-381 em Minas Gerais, a chamada “Rodovia da Morte”, foi conquistada pela 4UM (ex-J.Malucelli). A Rota dos Cristais, da BR-040 entre Minas e Goiás, ficou com a francesa Vinci. A Rota do Zebu, em Minas, foi conquistada por um consórcio da gestora Kinea e da Engeform. A Rota Verde, em Goiás, ficou com um consórcio da Aviva, da Azevedo e Travassos. Por fim, o Lote 3 do Paraná foi conquistado pela CCR.
Destes, foram novidades em leilões de rodovias a 4UM, o consórcio da Kinea, o consórcio da Azevedo e Travassos e a francesa Vinci – esta última já tinha concessões no país, mas conquistadas via aquisição, e não licitação.
Entre os projetos estaduais, o governo de São Paulo licitou três contratos, com três ganhadores diferentes. O Lote Litoral Paulista foi conquistado por um consórcio de construtoras (CBI e a CLD). A Nova Raposo ficou com a Ecorodovias, e a Sorocabana foi arrematada pela CCR.
Neste ano, ainda há mais um leilão do setor, do Lote 6 do Paraná, marcado para quinta (19). No mercado, a expectativa gira em torno de EPR, Pátria e o consórcio da 4UM com o Opportunity – este último é mais um grupo que vem tentando conquistar seu primeiro contrato no setor. Os três já disputaram o Lote 3 na última quinta, mas perderam.
Fonte: Valor Econômico