Do total de recursos transferidos neste ano, R$ 80 milhões foram destinados para manutenção das rodovias
O investimento federal na melhoria da infraestrutura de transportes no Estado é de R$ 147,8 milhões em 2024. O valor representa um aumento de 59% em relação a 2022, quando R$ 93 milhões foram aplicados nas rodovias e ferrovias fluminenses. Somados os anos de 2023 e 2024, o total destinado pelo governo federal nas vias do Rio de Janeiro chega a R$ 236 milhões. Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência.
Do total de recursos transferidos neste ano, R$ 80 milhões foram destinados para manutenção das rodovias e os R$ 67,8 milhões restantes para serem usados em construção, adequação e outros serviços.
Uma das obras emblemáticas no Estado, a duplicação da Serra das Araras, uma demanda antiga dos motoristas que trafegam pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) entre São Paulo e Rio de Janeiro, está prestes a se concretizar. Em abril, foi assinada a Ordem de Serviço para o início das obras. O investimento é de R$ 1,5 bilhão (público + privado) e a duplicação beneficiará cerca de 20 milhões de pessoas.
A duplicação da Serra das Araras visa a reduzir o risco de acidentes fatais e diminuir os transtornos, como congestionamentos de até dez horas causados por tombamentos de carretas. A Rodovia Presidente Dutra é vital para a economia brasileira, transportando cerca de metade do PIB do país. Aproximadamente 30% do tráfego na Serra das Araras é de veículos pesados, que carregam anualmente 43,96 milhões de toneladas de itens essenciais como produtos químicos, grãos, carnes, laticínios e minérios.
Além disso, estão previstos leilões para trechos entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro, nas BR-040/495/RJ/MG.
Condição de manutenção
O investimento federal nas estradas do País levou o Brasil a alcançar o melhor Índice de Condição da Manutenção (ICM) da malha rodoviária desde o estabelecimento da atual metodologia, em 2016, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Em maio de 2024, o ICM chegou a 70% de bom, contra 12% de ruim ou péssimo. O ICM é calculado a partir de levantamento de campo, buscando classificar cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom. O cálculo do ICM é composto pelo Índice de Pavimentação – IP (panelas, remendos e trincas), que representa 70% do valor final, e pelo Índice de Conservação – IC (roçada, drenagem, sinalização horizontal e vertical), que representa os 30% restantes.
Fonte: O Dia