Pesquisadores lançam iniciativa de tecnologia e inovação que prevê o desenvolvimento de um cimento especial para a indústria de petróleo e gás, produzido a partir do aproveitamento de resíduos de biomassa da indústria agrícola e dos resíduos da produção de argamassa, prevendo a redução de custos, de emissões de CO2 e de descarte de resíduos em aterros sanitários.
O chamado Projeto Pozobio tem duração prevista de dois anos, e é desenvolvido pela Repsol Sinopec Brasil (RSB), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Os pesquisadores avaliam o uso de componentes naturais provenientes de passivos ambientais, como resíduos da queima de biomassa e da produção de argamassa. Os componentes, ricos em sílica e classificados como materiais pozolânicos, possuem propriedades favoráveis para a mistura, formando “um novo tipo de material com potencial aplicação em cimentação de poços sujeitos às elevadas temperaturas, com garantia de integridade”, a empresa.
A iniciativa tem como intuito gerar um “produto sustentável e altamente resistente” para uso em poços geotérmicos e de campos maduros. Além do aspecto ambiental, a iniciativa prevê a redução de até 50% no custo do material.