Censo 2022: veja os bairros do Rio que mais perderam e ganharam moradores desde 2010

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Em 12 anos, a Zona Norte sofreu um esvaziamento, enquanto a população da Zona Oeste aumentou de forma expressiva, ocupando áreas que nem sempre têm a infraestrutura adequada, segundo dados do Censo 2022, compilados pelo Instituto Pereira Passos (IPP), da prefeitura do Rio. Santa Cruz, por exemplo, ganhou 31.797 habitantes. Em menor proporção, Centro e Zona Sul também perderam moradores no período.

— Em Copacabana, essa redução tem anos. A partir da década de 1960 e até 2000, o bairro perdeu um terço de seus moradores. Copacabana sofre algo parecido com o que ocorre na Zona Norte. A cidade, que nasceu voltada para a Baía de Guanabara, optou por se expandir em outra direção — diz o arquiteto Carlos Fernando de Andrade, que desenvolveu tese de doutorado sobre o tema.

Ex-secretário municipal de Habitação e ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães diz que essa expansão é nociva para a própria cidade.

—Infelizmente, esse é um fenômeno que ocorre em outras grandes cidades brasileiras, como São Paulo, Salvador e Brasília. Se não há um controle efetivo dessa expansão, quem perde é a cidade, que fica ‘‘mais pobre’’, porque precisa dispender mais recursos para manter uma área urbana cada vez maior— explica o arquiteto.

Com a oferta cada vez mais escassa de terrenos na Barra, as empreiteiras elegeram o Recreio como novo alvo de lançamentos. Em pouco mais de uma década, o total de moradores cresceu 71,2% — passou de 82,4 mil em 2010 para 141,3 mil pessoas. Enquanto isso, a população carioca diminuiu 1,58%.

Menor população
Grumari, que fica numa área de preservação ambiental , tem apenas 184 moradores, 17 a mais do que o registrado no censo anterior.

Na contramão
Na Zona Norte, que perdeu habitantes entre 2010 e 2022, Acari, Barros Filho, Del Castilho, Rio Comprido e São Cristóvão ganharam mais moradores.

Imóveis vazios
Campo Grande é o bairro que tem o maior número de imóveis desocupados. Ao todo, o IBGE identificou 31.889 propriedades particulares sem uso.

Vaivém das favelas
Cidade de Deus, Maré e Alemão registraram redução de moradores. Por outro lado , houve aumento de população na Rocinha e no Vidigal.

Fonte: O Globo