Brasil tem 8,3 milhões à procura de vagas, e população ocupada com trabalho alcança recorde de 99,8 milhões, diz IBGE
A taxa de desemprego do Brasil recuou a 7,7% no terceiro trimestre de 2023, apontou nesta terça-feira (31) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É o menor patamar para esse intervalo desde 2014 (6,9%), ano em que a economia nacional entrava em crise. Considerando diferentes períodos da série histórica, a taxa de 7,7% é a mais baixa desde o trimestre até fevereiro de 2015 (7,5%), disse o IBGE.
O novo resultado veio em linha com as projeções do mercado financeiro. Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam 7,7%. A taxa estava em 8% no segundo trimestre, o mais recente da série histórica comparável da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Com o novo resultado, a população considerada desempregada no Brasil ficou em 8,3 milhões no terceiro trimestre. O número era de 8,6 milhões nos três meses imediatamente anteriores.
A Pnad abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, avalia desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
Segundo o IBGE, o número de trabalhadores ocupados com algum tipo de vaga alcançou no terceiro trimestre o patamar recorde da série histórica, iniciada em 2012: 99,8 milhões de pessoas. O contigente cresceu 0,9% no trimestre (acréscimo de 929 mil pessoas).
O instituto afirmou que a maior parte do aumento veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado. Nesse grupo, o acréscimo foi de 1,6% (ou mais 587 mil pessoas), para 37,4 milhões de trabalhadores. Essa foi a única categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo.
Fonte: Folha de S. Paulo