Em meio a rachaduras, infiltrações, materiais enferrujados, portas e janelas quebradas, e outras marcas de anos de abandono, a antiga Estação Ferroviária Barão de Mauá (popularizada como Leopoldina), na Avenida Francisco Bicalho, ainda guarda relíquias, como a antiga bilheteria, a abóbada de fina estrutura metálica e suntuosas colunas do grande salão da gare. Tombado como patrimônio, o prédio, inaugurado em 1926, é objeto de uma civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) desde 2013.
Mas no curso dessa longa disputa judicial, em que são questionadas responsabilidades pela sua recuperação, dois fatos novos podem mudar os rumos do espaço. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) promete cumprir o último acordo firmado com o MPF e garantiu à Justiça que entrega em 7 de dezembro o projeto executivo de reforma e restauração do edifício — que ganhará terraço, parcialmente coberto, e jardins — e das quatro plataformas, para que as obras, estimadas em R$ 25 milhões, possam ser licitadas no início de 2024. Em paralelo, o prefeito Eduardo Paes diz que negocia a compra do imóvel com o governo federal.