INCC, índice usado para reajustar prestações de imóveis na planta, vai mudar. Entenda

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A estrutura do Índice Nacional de Construção Civil (INCC), coletado mensalmente pelo FGV Ibre, ganhará novos contornos, a partir da divulgação do mês de julho. A pesquisa, que mede o custo de insumos na construção civil, terá novidades: além da atualização dos pesos da cesta, investigará um número maior de produtos e serviços e terá um indicador para três padrões de construção (econômico, médio e alto), além do médio habitual. Aqueles que desejarem obter informações específicas das sete capitais pesquisadas poderão obter o índice local junto à instituição.

É a primeira revisão metodológica desde janeiro de 2009, para um índice que é referência no mercado de construção brasileiro e foi criado há quase 80 anos. A expectativa é de que, com a atualização da estrutura de ponderação do índice, a pesquisa trace um retrato mais fidedigno dos custos que as diferentes empresas da construção civil têm ao longo do tempo.

A mudança terá impactos também no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), uma vez que o indicador, bastante utilizado para reajuste dos contratos de aluguel, é composto por outros três índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (30%), Índice de Preços ao Consumidor (30%) e Índice Nacional de Construção Civil (10%).

Mudanças no mercado da construção civil

A atualização do INCC foi influenciada por uma demanda do setor, influenciada pela mudança nos custos da construção civil ao longo dos anos. O avanço das inovações tecnológicas impactaram nos materiais utilizados e nos processos produtivos, segundo a FGV. A quantidade de aço utilizado hoje é muito maior do que a utilizada nos anos 2000, por exemplo.

Além disso, a dinâmica de mercado da construção civil mudou nas últimas duas décadas. Segundo o IBGE, o número de empresas ativas no segmento de edificações (residenciais ou não), aumentou 82% entre 2007 e 2019. Esse salto foi ainda maior no segmento de serviços especializados: o número de empresas que prestam serviços específicos (como pintura e instalação elétrica) às companhias do setor quase quadruplicou, com alta de 285% no mesmo período. Fonte: O Globo