Perspectivas da concessão da Cedae para o Estado
Para avaliar as perspectivas da concessão da Cedae para o Estado do Rio e as oportunidades para as construtoras, a AEERJ reuniu especialistas em webinar, que foi realizada nesta terça-feira (20). O evento virtual teve como palestrantes, o engenheiro civil da Fiocruz, Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, e o engenheiro civil e diretor regional do Instituto de Engenharia do Rio de Janeiro, Miguel Fernández y Fernández. O presidente-executivo da AEERJ, Alfredo Schwartz, foi o mediador das apresentações.
Os especialistas explicaram como funcionará a nova operação da Cedae, com o projeto de concessão modelado pelo BNDES. Segundo Miguel Alvarenga, a Cedae vai existir na cadeia produtiva, fornecendo a água. Já as empresas privadas ficarão responsáveis pela parte de distribuição, cobrança de água e esgoto (coleta e tratamento). O projeto de concessão da Cedae foi modelado em quatro blocos de municípios, sendo três desses já arrematados.
Dados apresentados durante a palestra mostraram que os três blocos ofertados, pela Aegea (bloco 1 e bloco 4) e pela Iguá Saneamento (bloco 2), vão proporcionar uma arrecadação em torno de R$ 22,69 bilhões em outorgas. De acordo com o engenheiro, o valor dos lances vencedores foi muito acima do esperado. A expectativa é que o Estado faça a concessão do bloco 3 até o final deste ano, após remodelação do edital, tornando-o mais atrativo.
O panorama financeiro para os próximos cinco anos é que a Cedae terá uma arrecadação alta e uma diminuição de custo significativa. O cenário leva em consideração a redução de alguns fatores, como o quadro de pessoal, o custo de manutenção de rede e de energia. Com a redução da tarifa de água a partir da operação da iniciativa privada, a tendência é que a Cedae arrecade em torno de R$ 2 bilhões por ano. Atualmente, a companhia fatura cerca de R$ 6 bilhões, no entanto, o lucro fica em torno de R$ 1 bilhão.
A íntegra do webinar encontra-se no canal do Youtube da AEERJ. Clique aqui e acesse.