Mais dinheiro para o Rio
DJALMA OLIVEIRA
Acontece hoje em Brasília reunião entre as bancadas federais do Rio na Câmara
e no Senado e o Movimento Pró-Rio, composto por diversas entidades empresariais.
Na pauta do encontro, a cobrança por mais investimentos da União no estado,
destinados a obras que ainda estão no papel ou que já começaram, mas ficaram
paradas por falta de verbas.
Uma delas é a construção das estações do metrô Cantagalo e Praça General
Osório, em Copacabana. Segundo Francis Bogossian, conselheiro do Clube de
Engenharia e reeleito em julho pela quarta vez para a presidência da Associação
das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj), os R$ 60 milhões
reservados no Orçamento deste ano para a obra não foram liberados até agora: "O
metrô do Rio está sendo feito com o dinheiro que o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) pega emprestado, mas o de outros estados têm
recursos próprios da União".
Na opinião de Bogossian, questões político-partidárias são responsáveis pela
escassez de dinheiro, o que classifica como um preconceito com o Rio.
"Queremos garantir que o estado volte a ser contemplado com os recursos e
receba a atenção que merece dos órgãos federais", disse. Ele ressaltou ainda que
essas obras de infra-estrutura planejadas ou paradas, quando iniciadas ou
reativadas vão gerar milhares de empregos principalmente para a população de
baixa ,renda. Outro projeto importante para a economia do estado que aguarda
liberação de verbas federais para ser posto em prática é a duplicação da Rodovia
BR-101. A ampliação vai facilitar o acesso ao Porto de Sepetiba – ajudando no
escoamento da produção das indústrias para a exportação – e a cidades
turísticas, como Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba, além de contribuir para o
desenvolvimento dos municípios das regiões norte e noroeste do estado.