Análise de Francis na edição dos 50 anos de O Empreiteiro

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O EmpreiteiroAnálisePág. 5227/06/2011

Análise de Francis na edição dos 50 anos de O Empreiteiro

O presidente Francis foi convidado para participar da edição especial comemorativa dos 50 anos da revista O Empreiteiro apresenta como tema central “O que a Engenharia precisa construir para o Brasil do ano 2050”. Segue abaixo a íntegra do artigo.

Entre as lideranças do planeta

Francis Bogossian

Pela rapidez com que os avanços tecnológicos estão se processando no século XXI, qualquer exercício futurista para prever como andará a engenharia brasileira na década de 2060 ficará, certamente, muito aquém do que possa efetivamente ocorrer.

Mas, posso sonhar em ver o Brasil no seleto grupo de nações que liderarão o planeta tendo conseguido ultrapassar o maior desafio que é a questão educacional. Otimismo?

O ensino fundamental/médio estará universalizado no país. As escolas técnicas se consolidarão como opção natural dos jovens interessados na carreira, formando eletricistas, instaladores, mestres de obra, que poderão ser bem-sucedidos sem que precisem cursar a Engenharia e se aprofundar em matérias como matemática, física e química.

A remuneração dos tecnólogos no mercado será bem próxima à dos engenheiros e só valerá a pena suar para obter a graduação universitária plena àqueles que almejarem engenheirar em seu sentido mais amplo. Nossas instituições de ensino superior, em sua totalidade, serão acreditadas e de alto nível. Os engenheiros recém formados terão que passar por sistemas de certificação profissional e treinamentos da prática da profissão até receberem os registros e depois, reciclagens periódicas no sistema Confea/ Crea. Os critérios de seleção para mestrado e doutorado em engenharia abandonarão a subjetividade e serão concentrados em caçar reais talentos para a pesquisa e o ensino, no sentido da garantir ao país uma sólida e consistente produção científica e tecnológica, em busca de contínuas inovações.

O Museu Nacional da Engenharia, no Largo de São Francisco, Rio de Janeiro, terá sido implantado nas instalações do secular prédio onde se iniciou o ensino da profissão no Brasil. Nele se poderá acessar toda e qualquer informação relativa ao desenvolvimento da engenharia no Brasil e no exterior, desde os seus primórdios. Haverá painéis especiais com os avanços da engenharia em técnicas de monitoramento ambiental, transmissão de dados e acionamento automático de alertas permitindo a consolidação do Sistema Nacional de Segurança contra tragédias e catástrofes ambientais. Critérios rígidos na educação e nas leis priorizarão o meio ambiente e a vida saudável.
 
Teremos água potável abundante e tratamento de esgotos universalizado. Com isto, rios, lagos, lagoas, baías e seus entornos estarão despoluídos, balneáveis e com piscicultura abundante. Missão cumprida pelos engenheiros.

Fui longe demais? Não estarei mais por aqui, mas o tempo dirá!

Francis Bogossian é presidente do Clube de Engenharia e da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (AEERJ).

Publicado na revista O Empreiteiro –
Edicão Maio/2011 – Nº 497